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Muito obrigado por visitar este blog.
Se gosta de pequenas aves exóticas, ou se simplesmente sente curiosidade, dê uma vista de olhos, critique, comente... a sua opinião é muito importante, talvez a mais importante de todas.
Se gostou, sorria. Se não gostou... sorria na mesma. Afinal, este mundo está louco, mas não se pode sair dele em andamento!

Cuidados

Cuidados

Por estarem confinadas em instalações, sempre menores que o desejável, as nossas aves dependem dos nossos cuidados para terem uma vida de qualidade.
No que diz respeito aos criadores amadores, em muitos casos falhamos por falta de conhecimento, noutros falhamos por excesso de zelo. Mas, de um modo geral, lá vamos conseguindo criar as nossas aves, com alguma qualidade. A finalidade desta página é alertar para coisas simples, a que às vezes não ligamos, e que podem melhorar e facilitar a criação.
A relação entre o criador amador e a sua ave deve, antes de mais nada, ser uma relação de amizade e, como tal individual. Cada um dará ao seu amigo o melhor que pode, sem exigências de retribuição; mas, neste caso, somos sempre retribuídos.
Porém, devemos lembrar que, estamos a lidar com seres vivos; têm os seus próprios instintos, vontades e exigências.
Os cuidados que dispensamos às nossas aves devem ser de vária ordem e vão reflectir-se no seu bem-estar e saúde.
Segurança, alojamento, higiene e alimentação são cuidados óbvios. No entanto, é preciso mais que o óbvio. Ponha-se no lugar da ave e tente pensar como ela: Será que se sentiria em segurança, ou há alguma coisa que o assustasse? Viveria confortável ou gostaria de viver num sítio mais limpo? Haveria alguma coisa que mudasse nas instalações? E a comida. Está satisfeito com a que tem? A água é boa e limpa?
Depois há os pequenos cuidados, que passam despercebidos: Os pequenos exóticos são geralmente aves sociais, que vivem em grandes bandos e que neles obtêm a segurança, a relação inter-indivíduos e o conforto; por outro lado, os nossos ou estão sós ou em pequenas comunidades. Então, nós teremos que ser o bando e um pouco mais.

Devemos então considerar alguns pontos:

-Nós somos muito maiores que as aves – para que não nos temam, não devemos aparecer abruptamente; devemos deixar que nos vejam a uma distância razoável ou fazer ruído, para que antecipem que vamos aparecer. Também não devemos fazer movimentos bruscos ou amplos, para não se sentirem ameaçadas.

-Na natureza raramente aparecem cores muito vivas em movimento (excepto as próprias aves) – se vestir cores garridas junto das aves, elas vão achar que é um passarão e vão temê-lo.

-Na natureza os ruídos fortes estão associados a perigo – evite expor as aves a sons muito altos, porque vai assustá-las.

-Na natureza o ciclo diário de luz é suave e progressivo - evite luzes artificiais fortes ou intermitentes.

-Na natureza os flashes são associados a relâmpagos/perigo – fotos com flash só à distância e se existirem crias, nunca (na secção saúde explicarei porquê).

-Você é o melhor amigo das suas aves – olhe para elas com atenção, veja as particularidades de cada uma, tanto a nível físico como comportamental. Isso irá ajudá-lo a perceber alguma alteração no estado de saúde.

-Você é o melhor médico das suas aves – faça diariamente um pequeno exame das aves (explicarei na página “saúde” como fazer). Tome atenção a qualquer alteração que possa acontecer.

-As aves são sensíveis – veja se as aves estão protegidas de correntes-de-ar, fontes de calor e grandes amplitudes térmicas diárias.

-As suas aves precisam de se relacionar – fale com elas num tom diferente daquele que usa normalmente; elas vão identificar esse tom e saber quando está a falar com elas e quando não. Mas, não force o relacionamento; vá devagar, ao tempo das aves, deixe-as comandar o relacionamento.

-As aves também brincam – pode usar pequenos objectos, frutos, etc. para brincar com as aves, desde que elas não se sintam ameaçadas e aceitem a brincadeira. Isto costuma acontecer, só, após algum tempo de convivência e muita confiança.

-As aves são aves – evite interferir ou interromper o relacionamento entre elas. O relacionamento inter-aves é prioritário.

-Verifique regularmente o ambiente em torno das instalações: pragas e infestantes, que eventualmente apareçam, devem ser imediatamente exterminados. Verifique, também, comedouros e bebedouros; são pólos de atracção de visitantes indesejados.

-Na maioria dos pequenos exóticos é conveniente manter as fêmeas separadas dos machos e só juntar para as criações – deixe que as aves se vejam ou, pelo menos se oiçam. Elas relacionam-se, mesmo à distância, e ficam mais fáceis os acasalamentos.

-Se decidir deixá-las acasalar, lembre-se que são “coisas intimas”; não meta o nariz na vida privada das aves. Só tem que pôr um ninho, ou mais, num local apropriado, e disponibilizar a “roupa de cama” (sisal, fio de coco, pêlo de cabra, etc.)

-As criações são o maior teste para o criador amador: As aves põem os ovos, chocam e criam os filhotes; o criador “engravida”. Aparece a ansiedade, os nervos, a preocupação. Deve ler o máximo sobre a reprodução da espécie que cria e interferir o mínimo possível, se for necessário ou muito conveniente.

-Se alguma situação inesperada acontecer, pense e informe-se antes de agir; por vezes precipitamo-nos devido à preocupação.