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02/04/2012

Acidentes nos ninhos

Um dos problemas que mais afetam a moral dos criadores, especialmente os amadores, são os acidentes que ocorrem com as crias no ninho. A reprodução é sempre um momento alto para qualquer criador e, quando algo anormal acontece com os ovos ou as crias, instalam-se a desilusão e a mágoa.
Na verdade, os acidentes acontecem tanto em cativeiro como na natureza. Em cativeiro podemos minimizar os fatores de risco, mas não os podemos eliminar completamente. Podemos eliminar os predadores e as ameaças, podemos reduzir substancialmente os fatores climatéricos, podemos dar apoio nutricional e facilitar a nidificação, mas não podemos controlar os fatores associados à relação progenitores-crias, nem podemos evitar o stress provocado pela nossa própria presença. Não podemos esquecer que, as aves são receosas por natureza e, por muito bem que as tratemos, somos sempre vistos como ameaça, dadas a nossa dimensão e a nossa proximidade.
Os principais acidentes que ocorrem, com ovos e crias, resultam da interação paternal e deles destaco as quedas acidentais do ninho, os ferimentos e as contusões.
1-   As quedas de ovos e crias são normalmente acidentais, embora, pontualmente, possam aparecer casos de expulsão pelos pais. As principais causas são a pouca profundidade ou excesso de materiais no ninho, o tamanho e irregularidade das unhas dos pais e o uso de materiais que se enrolam facilmente.
Tipicamente, as crias ou os ovos são empurrados acidentalmente, ou puxadas por materiais que se enrolam, simultaneamente, nas crias e nas patas dos pais.
O modo de evitar estes acidentes é usar ninhos suficientemente fundos, evitar materiais que se enrolem e usar fundos abrasivos (areia ou granulado de serrim) nas gaiolas, para as unhas dos pais se manterem polidas.
No meu caso, uso uns pequenos estrados gradeados, em madeira, sob os ninhos, que evitam grandes quedas, para o fundo das gaiolas. Estes estrados também facilitam o processo de saída do ninho, das crias.
2-   Os ferimentos mais comuns são os cortes e os arranhões. Podem acontecer devido às unhas ou ao bico dos pais, ou pelo uso de materiais cortantes.
Para reduzir este tipo de acidentes, além do que já foi dito em relação às unhas, devemos evitar os materiais cortantes, como por exemplo, algodão e tiras de papel rijo.
3-   As contusões são, fundamentalmente, luxações articulares que podem acontecer na saída do ovo ou por mau posicionamento dos pais sobre as crias, quando dormem. Isto acontece mais com pais inexperientes.
Estes casos são difíceis de evitar, mas, ao que parece, a nossa interferência costuma ser nefasta: retirar os ovos vazios, alterar a configuração do ninho e mudar a posição das crias aumentam as probabilidades de acontecerem as luxações.
O mais importante, nestes casos, é não tentar corrigir o posicionamento da articulação; este procedimento, para ser executado com segurança, implica um exame de visualização radiológica. Tentar posicionar a articulação “às cegas” leva, em regra, ao agravamento da situação, provocando enorme dor e danos permanentes, que podem ir da imobilização da articulação à necessidade de amputação do membro.
Devemos posicionar a ave de modo que o membro fique livre e deixar que a situação se resolva por si. Normalmente, a ave começará a usar o membro como puder e progressivamente a articulação recuperará a sua funcionalidade natural. Poderá, contudo, permanecer algum desalinhamento permanente da articulação.

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